quinta-feira, 24 de abril de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
Visita ao Primo Russo, o Ráio.
Olá pessoal, tem mais de ano que não conto um causo por aqui, esses dias me lembrei de uma visita que fiz pra um primo muito querido e amigo, o Russão Véio.
Na verdade ele é primo primeiro do meu pai e é bem mais velho que meu pai, já passou dos 70. O Russão é um dos primo mais velho do meu pai e dos meus tios, muito divertido, brincalhão e ele que ensinava as malícia da vida pra eles. Sempre gostou muito de musica e toca uma sanfona que só ele.
A uns dois anos ou mais ele sofreu um derrame e ficou bem ruim, foi feia a coisa, perdeu os movimentos de um lado e não estava conseguindo fazer nada sozinho. Eu já morava em Botucatu, mas assim que fui pra Lavras, dei um jeito de ir visitá-lo. Fomos eu, meu pai e meu irmão do meio. Levei a Viola e fomos chegando, quando nos encontramos foi uma choradeira danada, cantei bastante pra ele, choramo bastante tamém e ficamos conversano no quarto onde ele tava deitado.
Ele num tava falando direito ainda, tava meio embolado e ele começava a falar e desabava a chorar e a gente alí naquela luta pra conversar mucado.
Depois de umas quatro modas que eu tinha cantado e a gente já tinha conversado um tanto bão, passou dois avião caça, desses de guerra memo, mais passou tão baxinho, mais tão perto que a gente chegou a agachar dentro do quarto de tão alto que foi o barulho...
Meu irmão correu na janela pra ver e quando viu, já tavam longe.
Antes que alguém falasse alguma coisa o Russão junta força e fala:
---Fiadapu... Nóis aqui pelejano pra vivê e eles aí pelejano pra morrê!!!!!
Foi uma risaiada que só veno. O corpo tava pela metade, mais o espírito tava 100%.
Um abração Russão...
Na verdade ele é primo primeiro do meu pai e é bem mais velho que meu pai, já passou dos 70. O Russão é um dos primo mais velho do meu pai e dos meus tios, muito divertido, brincalhão e ele que ensinava as malícia da vida pra eles. Sempre gostou muito de musica e toca uma sanfona que só ele.
A uns dois anos ou mais ele sofreu um derrame e ficou bem ruim, foi feia a coisa, perdeu os movimentos de um lado e não estava conseguindo fazer nada sozinho. Eu já morava em Botucatu, mas assim que fui pra Lavras, dei um jeito de ir visitá-lo. Fomos eu, meu pai e meu irmão do meio. Levei a Viola e fomos chegando, quando nos encontramos foi uma choradeira danada, cantei bastante pra ele, choramo bastante tamém e ficamos conversano no quarto onde ele tava deitado.
Ele num tava falando direito ainda, tava meio embolado e ele começava a falar e desabava a chorar e a gente alí naquela luta pra conversar mucado.
Depois de umas quatro modas que eu tinha cantado e a gente já tinha conversado um tanto bão, passou dois avião caça, desses de guerra memo, mais passou tão baxinho, mais tão perto que a gente chegou a agachar dentro do quarto de tão alto que foi o barulho...
Meu irmão correu na janela pra ver e quando viu, já tavam longe.
Antes que alguém falasse alguma coisa o Russão junta força e fala:
---Fiadapu... Nóis aqui pelejano pra vivê e eles aí pelejano pra morrê!!!!!
Foi uma risaiada que só veno. O corpo tava pela metade, mais o espírito tava 100%.
Um abração Russão...
quarta-feira, 17 de abril de 2013
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Tocano uns Bizerro...
Tem tempo que eu num conto um causo e lembrei de um divertido agora. Foi assim...
A uns três ou quatro anos atras, lá em Lavras - MG, paramos de criar gado de leite e meu tio Paulo decidiu compra uns bezerros pra engordar e depois vender. E acabou comprando um lote de uns 20 bezerros de um vizinho que ficava a uns 3 km lá da roça. Num almoço na roça, disse que ia pagar um caminhão pra ir buscar na outra semana.
Foi então que eu tive a brilhante idéia!
---Uai, tem quatro cavalos aí na roça, será que a gente num traz eles tocado?
E meu tio KK animou e falou:
--- Uai, então vamo uai! Quem que vai?
Fomos eu, o Tio KK, o tio Giovani e a Pachel (minha muié). Pra começá o tio já falou pra gente num ir muito cedo por causa do sol quente. Fomos sair da roça era umas 4h da tarde. A gente tava animado demais, porque eu particularmente nunca tinha tocado uma boiada assim, sempre na roça só teve vaca de leite que é mansa e bem diferente. Mais beleza..
Chegamos lá e fomos no pasto buscar a bizerrada, era um pasto meio sujo e num morro descambado pa rai, uma birimboca danada com umas arvrinha espinhuda po meio...gastamo quais uma hora pra juntá os bizerro perto do curral. Mais era horário de verão então só ia escurecer depois das 8h, tava tranquilo.
Beleza, abrimo a tronquera("colchete" aqui em SP) pra eles saírem pra estrada e fomos encantoando eles pra eles saírem... mas eles nunca tinham saído daquele pasto, e eles chegavam a cara na estrada e voltava pa trais, num punha o pé na estrada por nada...era uns bizerrão desmamado, meio mistiçado... ficamo num briga feia com eles pra eles porem o pé na estrada e de veis em quando a gente apertava demais e eles vinham correno pra cima da gente e estorava tudo pra trais... e dava nóis desceno aqueles morro no galope atrais de bizerro!!! Cê tá é doido, isso acaba com a gente..
Chegou uma hora que alguns foro pra estrada e os outros foro seguindo, como tava ficano tarde, fomo tocano aqueles memo e já largamos uns três que tava temoso demais pra traz...fomo tocando tranquilos pela estrada, eles bunitinho seguindo o cavalo da minha muié que tava na frente.
Só que eu acho que nóis que tava atraz, começamo a precioná muito eles que eles começaro a passar na frente do cavalo da minha muié e de repente acabou a cerca do lado direito da estrada e deu num mato...adivinha!?!?!?!?! Entraro os bizerro tudo pra dentro do mato e cheio de espinho, unha de gato(arranha gato) e num dava pra gente entrá a cavalo.
Tivemos que amarrar os cavalos na cerca e entrar a pé. Os danado dos bezeros escondiam no meio do marto e ficavam quetinhos e a gente torava pra ver eles. ficamos mais uma hora pra voltar alguns pra estrada, mais ficou uns 5 perdidos no mato e fomo seguindo com os que tavam na estrada.
Aí foi beleza...essa hora rendeu, andamos um km mais ou menos e chegou numa porteira de tabua e um mata burro, e nessa hora num tinha ninguém na frente deles e eles pararam perto da porteira e eu fui chegando devagar com meu cavalo e percebi que eles tava ficando apavorados com a minha aproximação, então decidí amarrar meu cavalo na cerca e descer, dar a volta por um cafezal que tinha do lado pra abrir a porteira e eles descerem pra esquerda depois da porteira...
Mas quando parei, já foi um pouco tarde, o maiorsão deles já pulou a cerca e entrou pro meio do cafezal, sorte que foi só esse...meu tio entrou lá a pé e conseguiu tocar ele de volta. Aí abri a porteira e fiquei do lado de cima pra eles irem pro lado de baixo, mas era um pasto aberto, sem cerca dos dois lados e eu estava sem meu cavalo....
Adivinha, num teve jeito! Eles saíro metade prum lado e metade pro outro e uns três entraro num mato que tinha lá em cima....fui buscar meu cavalo e voltamos a procurar eles...conseguimos tirar mais alguns desse mato e fomos tentar levar pra tronqueira que dava acesso pra roça, mas nessa hora já tava escurecendo e uns outros três pularo uma outra cerca de um outro vizinho e misturaro com os bizerro desse outro vizinho e tudo isso no pasto....Ficamo uns 40 minuto pelejano pra tocar os treis que faltava até a roça.
Faltava 1 km pra chegar, escuresceno e nada de bizerro, fora a gritaiada e corre atrás de bizerro, mas num teve jeito!
Quando era umas 9 e meia da noite chega nóis quatro lá na roça, morto de canseira, sem nenhum bizerro!
A Vó perguntou:
---E aí fio, conseguiro trazer todos os bizerro?
E eu falei:
--- Ihhhh vó, tá tudo espaiado pela vizinhança aí ó...tem uns três aqui no chico, uns 5 na Mutuca, mais uns três no Zé Geraldo, uns 3 no João Expedito e uns 5 nem saíro de lá ... Mais deu pra nóis devertí mucado!
A Vó caiu na rizada e falou:
---Êêê piãozada danada de boa....
Depois de uns dois dia, o Romeu foi lá de caminhão e buscô eles tudo....
A uns três ou quatro anos atras, lá em Lavras - MG, paramos de criar gado de leite e meu tio Paulo decidiu compra uns bezerros pra engordar e depois vender. E acabou comprando um lote de uns 20 bezerros de um vizinho que ficava a uns 3 km lá da roça. Num almoço na roça, disse que ia pagar um caminhão pra ir buscar na outra semana.
Foi então que eu tive a brilhante idéia!
---Uai, tem quatro cavalos aí na roça, será que a gente num traz eles tocado?
E meu tio KK animou e falou:
--- Uai, então vamo uai! Quem que vai?
Fomos eu, o Tio KK, o tio Giovani e a Pachel (minha muié). Pra começá o tio já falou pra gente num ir muito cedo por causa do sol quente. Fomos sair da roça era umas 4h da tarde. A gente tava animado demais, porque eu particularmente nunca tinha tocado uma boiada assim, sempre na roça só teve vaca de leite que é mansa e bem diferente. Mais beleza..
Chegamos lá e fomos no pasto buscar a bizerrada, era um pasto meio sujo e num morro descambado pa rai, uma birimboca danada com umas arvrinha espinhuda po meio...gastamo quais uma hora pra juntá os bizerro perto do curral. Mais era horário de verão então só ia escurecer depois das 8h, tava tranquilo.
Beleza, abrimo a tronquera("colchete" aqui em SP) pra eles saírem pra estrada e fomos encantoando eles pra eles saírem... mas eles nunca tinham saído daquele pasto, e eles chegavam a cara na estrada e voltava pa trais, num punha o pé na estrada por nada...era uns bizerrão desmamado, meio mistiçado... ficamo num briga feia com eles pra eles porem o pé na estrada e de veis em quando a gente apertava demais e eles vinham correno pra cima da gente e estorava tudo pra trais... e dava nóis desceno aqueles morro no galope atrais de bizerro!!! Cê tá é doido, isso acaba com a gente..
Chegou uma hora que alguns foro pra estrada e os outros foro seguindo, como tava ficano tarde, fomo tocano aqueles memo e já largamos uns três que tava temoso demais pra traz...fomo tocando tranquilos pela estrada, eles bunitinho seguindo o cavalo da minha muié que tava na frente.
Só que eu acho que nóis que tava atraz, começamo a precioná muito eles que eles começaro a passar na frente do cavalo da minha muié e de repente acabou a cerca do lado direito da estrada e deu num mato...adivinha!?!?!?!?! Entraro os bizerro tudo pra dentro do mato e cheio de espinho, unha de gato(arranha gato) e num dava pra gente entrá a cavalo.
Tivemos que amarrar os cavalos na cerca e entrar a pé. Os danado dos bezeros escondiam no meio do marto e ficavam quetinhos e a gente torava pra ver eles. ficamos mais uma hora pra voltar alguns pra estrada, mais ficou uns 5 perdidos no mato e fomo seguindo com os que tavam na estrada.
Aí foi beleza...essa hora rendeu, andamos um km mais ou menos e chegou numa porteira de tabua e um mata burro, e nessa hora num tinha ninguém na frente deles e eles pararam perto da porteira e eu fui chegando devagar com meu cavalo e percebi que eles tava ficando apavorados com a minha aproximação, então decidí amarrar meu cavalo na cerca e descer, dar a volta por um cafezal que tinha do lado pra abrir a porteira e eles descerem pra esquerda depois da porteira...
Mas quando parei, já foi um pouco tarde, o maiorsão deles já pulou a cerca e entrou pro meio do cafezal, sorte que foi só esse...meu tio entrou lá a pé e conseguiu tocar ele de volta. Aí abri a porteira e fiquei do lado de cima pra eles irem pro lado de baixo, mas era um pasto aberto, sem cerca dos dois lados e eu estava sem meu cavalo....
Adivinha, num teve jeito! Eles saíro metade prum lado e metade pro outro e uns três entraro num mato que tinha lá em cima....fui buscar meu cavalo e voltamos a procurar eles...conseguimos tirar mais alguns desse mato e fomos tentar levar pra tronqueira que dava acesso pra roça, mas nessa hora já tava escurecendo e uns outros três pularo uma outra cerca de um outro vizinho e misturaro com os bizerro desse outro vizinho e tudo isso no pasto....Ficamo uns 40 minuto pelejano pra tocar os treis que faltava até a roça.
Faltava 1 km pra chegar, escuresceno e nada de bizerro, fora a gritaiada e corre atrás de bizerro, mas num teve jeito!
Quando era umas 9 e meia da noite chega nóis quatro lá na roça, morto de canseira, sem nenhum bizerro!
A Vó perguntou:
---E aí fio, conseguiro trazer todos os bizerro?
E eu falei:
--- Ihhhh vó, tá tudo espaiado pela vizinhança aí ó...tem uns três aqui no chico, uns 5 na Mutuca, mais uns três no Zé Geraldo, uns 3 no João Expedito e uns 5 nem saíro de lá ... Mais deu pra nóis devertí mucado!
A Vó caiu na rizada e falou:
---Êêê piãozada danada de boa....
Depois de uns dois dia, o Romeu foi lá de caminhão e buscô eles tudo....
segunda-feira, 25 de março de 2013
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Menino da Porteira
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Amor Distante
Assinar:
Postagens (Atom)